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Herói corintiano deixou campo sangrando e jogou seis anos no Fluminense
Reprodução/ESPN
Quem é o herói do oitavo título do Corinthians na Copa São Paulo de Juniores e que deixou o campo sangrando? É essa a pergunta que muitos corintianos e até outros torcedores rivais estão fazendo após o jovem de 18 anos anotar os dois gols da virada por 2 a 1 sobre o Fluminense nesta quarta-feira em um Pacaembu tomado no feriado de 458 anos do aniversário da cidade de São Paulo.
Antonio Carlos é carioca, tem 1,91m de altura, joga como zagueiro, completará 19 anos no próximo dia 7 de março e está há um ano e sete meses no Corinthians. Antes do clube alvinegro, defendeu o Audax – do grupo Pão de Açúcar -, também de São Paulo, e chegou até as quartas de final da disputa de novatos na edição de 2011 – eliminação para o Desportivo Brasil-SP.
A curiosidade maior talvez esteja no clube de infância. Antonio Carlos defendeu dos 9 aos 14 anos o Fluminense, time sobre o qual fez dois gols e virou o algoz da manutenção de um jejum que já dura 23 anos – última taça dos tricolores na disputa foi conquistada em 1989.
Após o apito final, o zagueiro foi comemorar com a torcida. “Estou muito feliz, eu estava falando desde o começo do campeonato que ia fazer esse gol, e graças a Deus, Deus me ajudou… “, disse, ainda no gramado do Pacaembu e acenando para os fãs .
Ainda sob efeito da conquista, Antonio Carlos revelou o motivo do sangue que escorria. Entende que faz parte. “É do jogo, tomei uma cotovelada, mas Corinthians é isso aí, sai sangrando mas tem que ganhar”, disse, ignorando o machucado. “Toda vez que eu vou para a área, faço o sinal da cruz e peço a Deus para ele me glorificar e me ajudar a fazer o gol”, completou.
“Esse título é de todo mundo”, disse na sequência, dividindo o mérito com companheiros e diretoria. “Desde os 9 anos eu sonhava com esse título”, contou. O dia, claro, será longo, e se depender de Antonio Carlos, a noite também. “Nao durmo.”
Com os pés no chão, o jogador explicou seu começo no futebol e disse que pretende sim chegar ao profissional, mas admitiu que ainda é jovem e precisa aprender bastante. “Sou carioca, do Rio, estou aqui em São Paulo há um ano e sete meses. Vim do Audax, estava emprestado, e estou no Corinthians há sete meses. Joguei seis anos no FLuminense”, explicou.
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